terça-feira, 16 de outubro de 2007

OS NOVOS POBRES

Em contraste com as alegres notícias ministriais...

Portugal tem uma «nova classe» de pobres

Quatro milhões de portugueses estariam em risco de pobreza se não fossem os subsídios do Estado. Para a presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, Portugal tem uma nova classe de pobres - pessoas com emprego mas sem um salário para fazer face ás despesas do agregado familiar. Já o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza considera que falta coragem politica para resolver o problema.

( 10:19 / 16 de Outubro 07 )

Os idosos e as famílias mais numerosas constituem os principais grupos de risco de pobreza em Portugal, ao mesmo tempo que o fosso entre ricos e pobres continua a aumentar.

Isabel Jonet, presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, diz constatar que há cada vez mais pessoas a pedirem ajuda alimentar do que em anos anteriores.

Ouvida pela TSF, aquela responsável diz mesmo existir uma «nova classe» de «novos pobres» em Portugal, «pessoas que, embora auferindo de um salário, não têm no final do mês todos os rendimentos de que necessitam para fazer face às necessidades do seu agregado familiar».

Isabel Jonet salienta também o facto de muitos jovens trabalharem a recibos verdes, sem possibilidade de pagar a Segurança Social, «que se vêem a braços com situações dramáticas e que muitas vezes têm de pedir apoio a estruturas sociais para poderem sobreviver»

Perante este cenário, Isabel Jonet lança um apelo aos industriais e aos agricultores para que não desperdicem o que lhes sobra, até porque os bancos Alimentares estão receptivos a receber esses bens.

A nova realidade da pobreza em Portugal - pessoas com emprego e um salário que não chega para acudir a todas as necessidades da família - leva o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza a apontar o dedo ao poder político.

Para o padre Jardim Moreira tem faltado «coragem política» para resolver o problema da pobreza em Portugal. «Não basta pôr soluções de remendos.. que ajudam, é certo, mas não resolve. Por isso é preciso coragem política para poder resolver o problema», adiantou.

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