terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
OS "CAÇA CABEÇAS" DA MODERNIDADE
Carta enviada à RHC e nunca respondida, pelo que se torna legitimo torná-la pública.
(enviada faz agora um ano)
Exma. Sra. Dra. Ana Loya
Administradora da Ray Human Capital
É certo e sabido, alvo até de vários adágios populares, que em tempo de vacas magras se alargam bastante os limites éticos e morais do comportamento humano, é “fácil falar de barriga cheia”, dir-se-á dos que se mantêm inabaláveis na sua robustez de carácter, outros ainda, dirão que “quando a miséria entra pela porta a virtude sai pela janela”.
Contudo, enquanto indivíduos, sempre encontraremos uma adequada desculpa para a desvirtude, quanto mais não seja pela via do desânimo ou do lusitano “deixa andar”, na certeza de ter como último recurso para espiar os nossos “pecados” civilizacionais, uma classe política para a qual se pode arremessar sempre com a culpa dos atrasos estruturais e sub- desenvolvimento dos lusos gentios.
Se desta forma podemos falar de comportamentos individuais, o mesmo não é aceitável em organizações que se intitulam a si próprias de “ descobridoras de talentos”, ou em instituições públicas que operam nas áreas sociais de carência.
O talento não é raro nem escasso e é um traço distintivo e proeminente da natureza humana, é comum encontrá-lo na sua forma “bruta”, ou seja, na sua forma genérica e abstracta, que nem sempre obedece às limitações éticas e morais, estando mal focado e não raras vezes pouco estruturado por competências sociais e outras, tão necessárias ao eficaz e eficiente desenvolvimento pessoal e das comunidades.
Torna-se pois evidente, que as organizações que utilizam esta matéria-prima situada entre as duas orelhas e à qual muitos chamam capital humano, na tentativa de agregar valor aos próprios indivíduos e ao tecido social e económico, revertendo para si próprias mais-valias desse processo, enquanto negócio, devem ser exemplares nas palavras e nos actos, dando cumprimento à sua missão, que em mais de 90% dos casos, é o desenvolvimento do já referido capital humano, como factor primeiro do crescimento económico e social.
Apresentadas estas breves reflexões sobre a matéria-prima usada na empresa que vossa Ex.ª. administra, passo a dar-lhe conta dos motivos que me impulsionaram para lhe dirigir esta carta.
Quero assim referir-lhe a minha apreensão, ao verificar que enquanto vossa Ex.ª escreve em fórum apropriado no jornal Expresso, (caderno de emprego na rubrica Barómetro RH), investida de uma irrepreensível legitimidade editorial, um colaborador seu, ou da RHC, se preferir, produziu ou anuiu a que se produzisse, no caderno “Primeiro Emprego, integrante da edição do Correio da Manhã de 07 de Dezembro do corrente, uma peça jornalística, merecedora de algumas chamadas de atenção e perguntas que carecem de resposta adequada.
Nada de estranho nem de anormal se verificaria, não fosse o referido caderno um veículo de divulgação das ofertas de emprego disponíveis na rede de centros da responsabilidade do IEFP, Instituto do Emprego e Formação Profissional, constituindo algumas das ideias veiculadas na referida peça, um verdadeiro insulto à inteligência e dignidade das pessoas em situação de desemprego que consultem eventualmente o referido caderno.
Como com certeza será do seu conhecimento, e segundo dados do próprio IEFP, citados no Diário de Notícias de 23 de Novembro do corrente, “Os postos de trabalho disponíveis nos centros de emprego “oferecem” um salário de base médio que é 39% inferior ao ordenado médio praticado no País.”, Ainda no mesmo jornal diz-se que “ os empregadores apenas recorrem aos centros de emprego como último recurso.” E ainda diz que “O baixo valor salarial proposto também confirma que são sobretudo postos de trabalho pouco qualificados que estão disponíveis nos centros de emprego.”
É fácil, perante estes factos, verificar que não é este o segmento de operação da Ray Human Capital, pois representa uma fraca “coutada” para caçar talentos. Atendendo aos números e às declarações do responsável da RHC, os 230 talentos colocados em 2007 pela sua prestigiada empresa, não estavam concerteza contidos no universo de inscritos nos centros de emprego, ou mesmo a receber subsídio de desemprego, mas a ser verdade que pudessem ter estado, seriam 0,000.....1 % do volume de desempregados em Portugal.
Apesar do ranger de dentes, não vou arriscar qualquer adjectivação para caracterizar a referida peça jornalística em apreço, ela fala por si, direi antes, grita por si, mas perturba-me o facto de não saber se estamos perante um acto louvável de pura filantropia, quer por parte do Correio da Manhã ou da própria RHC, permitindo ao IEFP fazer a referida divulgação das oportunidades de emprego a custo zero, pois se assim não for, e, na hipótese do referido caderno ser pago com os dinheiros públicos do IEFP, estamos perante uma anacrónica parceria.
Gostaria agora de lembrar o último parágrafo da crónica que vossa Ex.ª escreveu no Expresso de 1 de Dezembro do corrente, em que diz entre outras coisas, “é preciso coragem da parte de quem manda!”, como verifica, é fácil arremessar à classe política “mandante” com o pecado da falta de mobilização da sociedade civil e respectiva falta de cidadania organizacional, de quem se encontra em posições empresariais de consultoria, com bons privilégios de acesso ao poder.
Podemos sempre pensar, sem ferir de morte a ciência política, num sistema de terciarização do governo, onde as empresas de executive search podem sempre “caçar” os talentos para “mandar”, pois os talentos adequados para “governar”, esses serão sempre, desejavelmente gerados em democracia, por voto popular, ainda que em ambiente neoliberal de inspiração meritocrática.
Mas convenhamos que a “entrevista” teve os seus méritos, quanto mais não seja pela frontalidade em assumir que uma das fontes, a principal fonte digo eu, de quem recruta no segmento dos top performers, é a bolsa de “talentos que já exercem noutras empresas”, actividade essa, ficámos a saber “é profundamente confidencial e envolta num certo charme”.
Regozijei-me no pensamento que “ Aos 35 anos não se é desesperadamente um caso perdido”, fiquei no entanto convicto que é acessório e jornalismo “rosa light” ficarmos a saber “dos gabinetes onde os passos são abafados pela lã dos longos tapetes de Arraiolos.”
Agora ponham-se os pontos nos is e alinhemos os factos com as ideias:
É facto que não me diz respeito absolutamente nenhum, em que jornais e como se posicionam, escrevem e se exibem os colaboradores da Ray Human Capital.
É facto que não me diz respeito absolutamente nenhum, a forma como o Correio da Manhã ou o Expresso, fazem a sua política editorial.
É facto que não me diz respeito absolutamente nenhum, a forma como um jornal privado como o Correio da Manhã se financia.
É facto e diz-me respeito, a forma como as instituições públicas se comportam na imprensa e a forma como gastam o dinheiro dos contribuintes.
É facto que a “entrevista” ou “peça jornalística” produzida e/ou autorizada pelo colaborador da RHC, pelo teor das suas “declarações ou comentários”, no mesmo caderno em que o IEFP publica oportunidades de emprego, pelos factos já elencados no parágrafo nono, não se adequa nem revela uma atitude socialmente responsável face ao objectivo do referido caderno.
Agora em conclusão, acreditando que a Ray Human Capital e os seus colaboradores perseguem objectivos de excelência e melhoria contínua, ao traçar a sua estratégia de crescimento económico e de valor, bem como a sua estratégia de responsabilização social, enquanto empresa actuante no partenariado do capital humano, deixo-lhes o convite para que se desloquem por uma vez que seja, a um centro de emprego da periferia.
Terão a grata experiência do contacto com o País profundo e real, como bónus, caros drs, se tiverem a possibilidade de entrevistar algumas das pessoas que por ali passam, para a “apresentação quinzenal” ou inscrição, terão a verdadeira lição sobre coragem, resiliência, responsabilidade social, talento, angústia, medo, etc.
Pegando mais uma vez nas suas palavras no Expresso de 1 de Dezembro, por favor façam na RHC um “refresh” do vosso mind set, e como disse o professor Freitas do Amaral na sua última lição “ Recomendo-lhes que não venham para cá sem antes relerem a Républica de Platão, a Política de Aristóteles e o 2º Tratado de John Locke: está lá practicamente tudo.”
Eu humildemente acrescento: o resto está entre Darwin e Damásio, entre Santo Agostinho e S. Tomás de Aquino.
Espero agora com sinceridade, que alguns milhares de pessoas, sensibilizados e inspirados com a leitura do artigo do seu talentoso colaborador, se sintam com um desejo irreprimível e com a responsabilidade de depositar um curriculum vitae no sapatinho da HRC, de cuja chaminé sairá decerto fumo branco, para poder-mos perguntar:
Habemus Talentu?
Sem mais
Sinceros votos de um feliz Natal e Próspero Ano Novo para todos os colaboradores da
Ray Human Capital
Atentamente
José Manuel Carvalho
P.S. Tenham coragem!
A coragem não é um acto isolado, um impulso momentâneo. É uma acção completa e complexa que deve ser perseguida até ao seu objectivo final. Os maiores esforços não são os do início, mas os necessários, depois, para resistirmos às nossas fraquezas e aos obstáculos imprevistos que devemos enfrentar com paciência e sagacidade. A coragem não é só a virtude do começo, mas sim da prossecução, da conclusão e da clarividência.
FRANCESCO ALBERONI
(enviada faz agora um ano)
Exma. Sra. Dra. Ana Loya
Administradora da Ray Human Capital
É certo e sabido, alvo até de vários adágios populares, que em tempo de vacas magras se alargam bastante os limites éticos e morais do comportamento humano, é “fácil falar de barriga cheia”, dir-se-á dos que se mantêm inabaláveis na sua robustez de carácter, outros ainda, dirão que “quando a miséria entra pela porta a virtude sai pela janela”.
Contudo, enquanto indivíduos, sempre encontraremos uma adequada desculpa para a desvirtude, quanto mais não seja pela via do desânimo ou do lusitano “deixa andar”, na certeza de ter como último recurso para espiar os nossos “pecados” civilizacionais, uma classe política para a qual se pode arremessar sempre com a culpa dos atrasos estruturais e sub- desenvolvimento dos lusos gentios.
Se desta forma podemos falar de comportamentos individuais, o mesmo não é aceitável em organizações que se intitulam a si próprias de “ descobridoras de talentos”, ou em instituições públicas que operam nas áreas sociais de carência.
O talento não é raro nem escasso e é um traço distintivo e proeminente da natureza humana, é comum encontrá-lo na sua forma “bruta”, ou seja, na sua forma genérica e abstracta, que nem sempre obedece às limitações éticas e morais, estando mal focado e não raras vezes pouco estruturado por competências sociais e outras, tão necessárias ao eficaz e eficiente desenvolvimento pessoal e das comunidades.
Torna-se pois evidente, que as organizações que utilizam esta matéria-prima situada entre as duas orelhas e à qual muitos chamam capital humano, na tentativa de agregar valor aos próprios indivíduos e ao tecido social e económico, revertendo para si próprias mais-valias desse processo, enquanto negócio, devem ser exemplares nas palavras e nos actos, dando cumprimento à sua missão, que em mais de 90% dos casos, é o desenvolvimento do já referido capital humano, como factor primeiro do crescimento económico e social.
Apresentadas estas breves reflexões sobre a matéria-prima usada na empresa que vossa Ex.ª. administra, passo a dar-lhe conta dos motivos que me impulsionaram para lhe dirigir esta carta.
Quero assim referir-lhe a minha apreensão, ao verificar que enquanto vossa Ex.ª escreve em fórum apropriado no jornal Expresso, (caderno de emprego na rubrica Barómetro RH), investida de uma irrepreensível legitimidade editorial, um colaborador seu, ou da RHC, se preferir, produziu ou anuiu a que se produzisse, no caderno “Primeiro Emprego, integrante da edição do Correio da Manhã de 07 de Dezembro do corrente, uma peça jornalística, merecedora de algumas chamadas de atenção e perguntas que carecem de resposta adequada.
Nada de estranho nem de anormal se verificaria, não fosse o referido caderno um veículo de divulgação das ofertas de emprego disponíveis na rede de centros da responsabilidade do IEFP, Instituto do Emprego e Formação Profissional, constituindo algumas das ideias veiculadas na referida peça, um verdadeiro insulto à inteligência e dignidade das pessoas em situação de desemprego que consultem eventualmente o referido caderno.
Como com certeza será do seu conhecimento, e segundo dados do próprio IEFP, citados no Diário de Notícias de 23 de Novembro do corrente, “Os postos de trabalho disponíveis nos centros de emprego “oferecem” um salário de base médio que é 39% inferior ao ordenado médio praticado no País.”, Ainda no mesmo jornal diz-se que “ os empregadores apenas recorrem aos centros de emprego como último recurso.” E ainda diz que “O baixo valor salarial proposto também confirma que são sobretudo postos de trabalho pouco qualificados que estão disponíveis nos centros de emprego.”
É fácil, perante estes factos, verificar que não é este o segmento de operação da Ray Human Capital, pois representa uma fraca “coutada” para caçar talentos. Atendendo aos números e às declarações do responsável da RHC, os 230 talentos colocados em 2007 pela sua prestigiada empresa, não estavam concerteza contidos no universo de inscritos nos centros de emprego, ou mesmo a receber subsídio de desemprego, mas a ser verdade que pudessem ter estado, seriam 0,000.....1 % do volume de desempregados em Portugal.
Apesar do ranger de dentes, não vou arriscar qualquer adjectivação para caracterizar a referida peça jornalística em apreço, ela fala por si, direi antes, grita por si, mas perturba-me o facto de não saber se estamos perante um acto louvável de pura filantropia, quer por parte do Correio da Manhã ou da própria RHC, permitindo ao IEFP fazer a referida divulgação das oportunidades de emprego a custo zero, pois se assim não for, e, na hipótese do referido caderno ser pago com os dinheiros públicos do IEFP, estamos perante uma anacrónica parceria.
Gostaria agora de lembrar o último parágrafo da crónica que vossa Ex.ª escreveu no Expresso de 1 de Dezembro do corrente, em que diz entre outras coisas, “é preciso coragem da parte de quem manda!”, como verifica, é fácil arremessar à classe política “mandante” com o pecado da falta de mobilização da sociedade civil e respectiva falta de cidadania organizacional, de quem se encontra em posições empresariais de consultoria, com bons privilégios de acesso ao poder.
Podemos sempre pensar, sem ferir de morte a ciência política, num sistema de terciarização do governo, onde as empresas de executive search podem sempre “caçar” os talentos para “mandar”, pois os talentos adequados para “governar”, esses serão sempre, desejavelmente gerados em democracia, por voto popular, ainda que em ambiente neoliberal de inspiração meritocrática.
Mas convenhamos que a “entrevista” teve os seus méritos, quanto mais não seja pela frontalidade em assumir que uma das fontes, a principal fonte digo eu, de quem recruta no segmento dos top performers, é a bolsa de “talentos que já exercem noutras empresas”, actividade essa, ficámos a saber “é profundamente confidencial e envolta num certo charme”.
Regozijei-me no pensamento que “ Aos 35 anos não se é desesperadamente um caso perdido”, fiquei no entanto convicto que é acessório e jornalismo “rosa light” ficarmos a saber “dos gabinetes onde os passos são abafados pela lã dos longos tapetes de Arraiolos.”
Agora ponham-se os pontos nos is e alinhemos os factos com as ideias:
É facto que não me diz respeito absolutamente nenhum, em que jornais e como se posicionam, escrevem e se exibem os colaboradores da Ray Human Capital.
É facto que não me diz respeito absolutamente nenhum, a forma como o Correio da Manhã ou o Expresso, fazem a sua política editorial.
É facto que não me diz respeito absolutamente nenhum, a forma como um jornal privado como o Correio da Manhã se financia.
É facto e diz-me respeito, a forma como as instituições públicas se comportam na imprensa e a forma como gastam o dinheiro dos contribuintes.
É facto que a “entrevista” ou “peça jornalística” produzida e/ou autorizada pelo colaborador da RHC, pelo teor das suas “declarações ou comentários”, no mesmo caderno em que o IEFP publica oportunidades de emprego, pelos factos já elencados no parágrafo nono, não se adequa nem revela uma atitude socialmente responsável face ao objectivo do referido caderno.
Agora em conclusão, acreditando que a Ray Human Capital e os seus colaboradores perseguem objectivos de excelência e melhoria contínua, ao traçar a sua estratégia de crescimento económico e de valor, bem como a sua estratégia de responsabilização social, enquanto empresa actuante no partenariado do capital humano, deixo-lhes o convite para que se desloquem por uma vez que seja, a um centro de emprego da periferia.
Terão a grata experiência do contacto com o País profundo e real, como bónus, caros drs, se tiverem a possibilidade de entrevistar algumas das pessoas que por ali passam, para a “apresentação quinzenal” ou inscrição, terão a verdadeira lição sobre coragem, resiliência, responsabilidade social, talento, angústia, medo, etc.
Pegando mais uma vez nas suas palavras no Expresso de 1 de Dezembro, por favor façam na RHC um “refresh” do vosso mind set, e como disse o professor Freitas do Amaral na sua última lição “ Recomendo-lhes que não venham para cá sem antes relerem a Républica de Platão, a Política de Aristóteles e o 2º Tratado de John Locke: está lá practicamente tudo.”
Eu humildemente acrescento: o resto está entre Darwin e Damásio, entre Santo Agostinho e S. Tomás de Aquino.
Espero agora com sinceridade, que alguns milhares de pessoas, sensibilizados e inspirados com a leitura do artigo do seu talentoso colaborador, se sintam com um desejo irreprimível e com a responsabilidade de depositar um curriculum vitae no sapatinho da HRC, de cuja chaminé sairá decerto fumo branco, para poder-mos perguntar:
Habemus Talentu?
Sem mais
Sinceros votos de um feliz Natal e Próspero Ano Novo para todos os colaboradores da
Ray Human Capital
Atentamente
José Manuel Carvalho
P.S. Tenham coragem!
A coragem não é um acto isolado, um impulso momentâneo. É uma acção completa e complexa que deve ser perseguida até ao seu objectivo final. Os maiores esforços não são os do início, mas os necessários, depois, para resistirmos às nossas fraquezas e aos obstáculos imprevistos que devemos enfrentar com paciência e sagacidade. A coragem não é só a virtude do começo, mas sim da prossecução, da conclusão e da clarividência.
FRANCESCO ALBERONI
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terça-feira, 16 de setembro de 2008
CRÓNICAS DA ... Solidariedade Social
Trago de novo este tema, já postado em 2007, uma vez que creio que devo tornar público até à exaustão, e tanto quanto possível de forma consequente, a conduta do centro de emprego do Seixal (eventualmente extensível a outros centros de emprego) na condução de um processo nada "simplex" de pedido de uma "bolsa de formação por iniciativa do trabalhador".
repetição do post de 2007- episódio I
Esta crónica tem o objectivo simples contudo espinhoso, de dar a conhecer de forma continuada, as relações entre os cidadãos e a administração pública.Quando chegará o simplex aos centros de emprego?
Salvo melhor opinião, parece-me que o arrojado plano simplex tão defendido pelo actual governo, tem como principal finalidade a erradicação de algumas injustiças sociais e diminuição da "distância" dos cidadãos à administração pública. Ao diminuir a burocracia e consequentemente o tempo gasto pelos processos, tornando-os mais adaptados à realidade humana do que à rigidez da máquina administrativa, obter-se-á concerteza uma maior qualidade de serviço ao cidadão. É óbvio que é nos organismos da Administração Pública, responsáveis pela gestão da solidariedade social, em todas as suas vertentes, que o simplex deverá cumprir em pleno os seus desígnios. Seja no licenciamento de uma ipss, na atribuição de uma qualquer prestação social, ou ainda nos programas de reinserção ou combate à exclusão e à pobreza, é crucial que o simplex chegue rápidamente as estas áreas de carência.
Porém, apesar de tão grande nobreza de intenções e objectivos, vox populi dixit "de boas intenções está o inferno cheio", se não se acelerar com pujança e até com alguma brutalidade ideológica a modernização da máquina administrativa do estado, passar da retórica à práctica será uma miragem. Entenda-se por modernização, a alteração de comportamentos dos que "funcionam" na coisa pública, para que adoptem uma cultura de serviço motivada por valores de solidariedade institucional e cívica. É neste ponto que tenho que discordar com o Dr. Bettencourt Picanço, dirigente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, não podemos esperar todo o tempo por todos os funcionários públicos, os que sistemáticamente resistem à mudança, os que criam entropia e forças de bloqueio à marcha do progresso, têm que ser removidos, seja por avaliação de competências ou avaliação de incompetências.
Para que se verifiquem como verdadeiras, ou pelo menos como não mentirosas as palavras que escrevi acima, passo a transcrever uma reclamação dirigida ao Centro de Emprego do Seixal, em termos bastante exemplares, na forma e no conteúdo. Por razões de salvaguarda da privacidade das pessoas, foi removida a identificação do/a reclamante.
Darei notícias da resposta)
José Manuel Carvalho
Exmo(a). Sr.(a) DirectorCentro de Emprego do SeixalAv. Marcos Portugal, 90Cruz de Pau2845-545 Amora
Corroios, 02 de Agosto de 2007Assunto: Reclamação/Pedido de EsclarecimentoRequerimento de Bolsa de Formação por Iniciativa do TrabalhadorExmo(a). Sr.(a) Director,Venho por esta via manifestar a minha profunda indignação quanto à falta de informação desse Centro sobre o Processo de Requerimento de Bolsa de Formação por iniciativa do trabalhador. Assim permita-me que faça uma breve resenha de factos:Encontro-me desempregada desde 01.06.06Em 09.02.07 foi definido o meu PPE em conjunto com a Técnica de inserção (Dra. xxxxxxxxx), no qual consta a Bolsa de Formação por Iniciativa do trabalhador, dado que considerei importante para a minha empregabilidade, efectuar o Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores e consequente obtenção do CAP. (Anexo 1)Dado que o IEFP não está actualmente a ministrar esta Formação, só me restou a opção de recorrer a uma Empresa privada, devidamente acreditada para o efeito e iniciar o processo de requerimento de Bolsa de Formação por Iniciativa do Trabalhador.Entreguei a documentação solicitada nesse Centro de Emprego, em 17.04.07. (Anexo 2)Tentei vários contactos telefónicos e via e-mail, sem qualquer sucesso, sem respostas. (Anexo 3)Até ao momento continuo no mais profundo silêncio desse Centro, razão pela qual dirijo esta missiva a V. Exa.Permita-me então que lhe coloque algumas questões, que se me afiguram pertinentes:Será que pelo facto de estar desempregada tenho de ser tratada como cidadã de 2ª classe, não merecendo uma resposta que seja?Será que esse Centro/Funcionários responsáveis estão conscientes da grave violação dum dos deveres básicos no relacionamento da Administração Pública com os cidadãos, nomeadamente o dever de Informação (Artº61º CPA), para já não falar dos princípios da Colaboração, Decisão, Desburocratização e eficiência, referidos nos Artigos 7º, 9º e 10º do CPA, respectivamente???Será que devo considerar o Indeferimento Tácito, nos termos do Artº109º CPA), dado que a esta data, já decorreram mais de 90 dias, mais precisamente 107 dias, desde a data que instruí o processo, junto dessa instituição? Vou ter de recorrer à Impugnação Judicial?Finalmente, não aceito que mais uma vez se desculpem com a falta de funcionários, grande volume de processos e até as férias, para não me darem uma resposta….107 dias Sr. Director????Apenas pretendia a atribuição da referida Bolsa, para custear despesas que já tive, honrando os meus compromissos. Efectuei a Formação no período mencionado no Processo, obtive a Classificação de Bom (Anexo 4) e pasme-se até já recebi ontem o meu CAP, emitido pelo IEFP/SNCP (Anexo 5). Afinal nem todos os Serviços funcionam mal!!!!Aguardo resposta atempada quanto a esta Reclamação e às pretensões que lhe deram origem, caso não obtenha qualquer contacto até 10 de Agosto, recorrerei aos meios judiciais e extra judiciais para garantir a defesa dos meus direitos.Sem outro assunto de momento, subscrevo-meAtentamente
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quinta-feira, 13 de março de 2008
sexta-feira, 7 de março de 2008
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
PENSE DUAS VEZES ANTES DE DESPERDIÇAR ÁGUA
O mundo enfrenta uma grave crise humanitária devido à escassez de água, que provoca a morte a cerca de dois milhões de crianças por ano. Cerca de 34 mil pessoas morrem diariamente por falta de água potável. Apenas dois por cento da água da Terra é potável estando 87 por cento desta concentrada nos pólos sob a forma de gelo.
Da restante, uma grande parte encontra-se em lençóis sob a superfície terrestre.
Estimativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) apontam que cerca de três mil milhões de pessoas viverão em 2025 em países em conflito devido à escassez de água. África, por exemplo, que conta com apenas nove por cento dos recursos mundiais de água potável deverá 230 milhões de africanos com falta de água, daqui a menos de vinte anos.
O problema da gestão dos recursos hídricos está no sistema de distribuição, o qual faz perder 40 por cento da água. Na Europa, 18 por cento da população vive em países com escassez de água, entre os quais Espanha, Itália, Chipre e Malta. Por outro lado, as alterações climáticas agravarão a actual escassez de água em muitas regiões do Sudeste Asiático e da África, provocando um aumento da propagação de diversas doenças, como a malária, dengue, febre amarela e cólera, sobretudo na Ásia, África e América Latina.
As regiões que se encontram melhor preparadas para enfrentar as mudanças climáticas são a Europa e a América do Norte, apesar de também estas poderem vir a sentir os efeitos negativos do fenómeno.
Fonte: Relatório do desenvolvimento humano das Nações Unidas (2006)
Da restante, uma grande parte encontra-se em lençóis sob a superfície terrestre.
Estimativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) apontam que cerca de três mil milhões de pessoas viverão em 2025 em países em conflito devido à escassez de água. África, por exemplo, que conta com apenas nove por cento dos recursos mundiais de água potável deverá 230 milhões de africanos com falta de água, daqui a menos de vinte anos.
O problema da gestão dos recursos hídricos está no sistema de distribuição, o qual faz perder 40 por cento da água. Na Europa, 18 por cento da população vive em países com escassez de água, entre os quais Espanha, Itália, Chipre e Malta. Por outro lado, as alterações climáticas agravarão a actual escassez de água em muitas regiões do Sudeste Asiático e da África, provocando um aumento da propagação de diversas doenças, como a malária, dengue, febre amarela e cólera, sobretudo na Ásia, África e América Latina.
As regiões que se encontram melhor preparadas para enfrentar as mudanças climáticas são a Europa e a América do Norte, apesar de também estas poderem vir a sentir os efeitos negativos do fenómeno.
Fonte: Relatório do desenvolvimento humano das Nações Unidas (2006)
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RELATÓRIOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Relatório do Desenvolvimento Humano 2007/2008
Combater a mudança do clima: Solidariedade Humana num mundo dividido. O relatório faz um mapeamento da ameaça representada pelas mudanças climáticas e afirma que o mundo caminha para um ponto em que os países e as pessoas mais pobres podem ficar permanentemente aprisionados num ciclo de pobreza. O estudo recomenda que as emissões de gases do efeito estufa, em 2050, sejam reduzidas em pelo menos 80% em relação a 1990. A publicação traz também o ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Aí vem outro Natal
Apesar de tudo, vale a pena manter a chama da paz e da solidariedade acesas...Em algum Natal do futuro, havemos de ter PAZ,ou pelo menos lutaremos por ela genuinamente e sem hipocrisia.
Para todos um FELIZ NATAL, quanto ao próspero ano novo, deixo ao vosso cuidado.
Por vezes, sentimos que aquilo que fazemos
não é senão uma gota de água no mar.
Mas o mar seria menor
se lhe faltasse uma gota.
Madre Teresa de Calcutá
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
MUITO ALTA TENSÃO
Terça-feira, 30 de Outubro de 2007
«SINAIS: Procurar as brechas»
0 comentários
Para escutar, na TSF: "[...] Vale a pena ler a entrevista a Fátima Campos, a presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, na última página do Diário de Notícias de hoje. Confrontada com mais uma vitória contra a linha de alta tensão Fanhões-Trajouce, interrogada sobre o que a levou a enfrentar a poderosa REN ela explica que não se resignou à falta de resposta dada pela Câmara de Sintra à indignação dos munícipes. Formiga ainda mais formiguinha que uma Câmara, a Junta não se encolheu e foi à luta. O jornalista pergunta agora a Fátima Campos se já pensou, porventura, em outros voos na política, voos mais altos, entenda-se. Ela responde que não, porque acredita que o cargo mais importante para «ajudar» e «conseguir fazer alguma coisa pelas pessoas» é a presidência de uma Junta de Freguesia. Não conheço a pessoa nem o seu trabalho. Mas pressinto neste entusiasmo mais do que uma convicção, porque ele diz o avesso da anedota do pequeno poder impante, aquela que brada ao vento: «eu é que sou o Presidente da Junta»" [crónica de Fernando Alves]
Publicada por L.G. em 15:27 Tags: Opinião, REN, Sintra
«SINAIS: Procurar as brechas»
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Para escutar, na TSF: "[...] Vale a pena ler a entrevista a Fátima Campos, a presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão, na última página do Diário de Notícias de hoje. Confrontada com mais uma vitória contra a linha de alta tensão Fanhões-Trajouce, interrogada sobre o que a levou a enfrentar a poderosa REN ela explica que não se resignou à falta de resposta dada pela Câmara de Sintra à indignação dos munícipes. Formiga ainda mais formiguinha que uma Câmara, a Junta não se encolheu e foi à luta. O jornalista pergunta agora a Fátima Campos se já pensou, porventura, em outros voos na política, voos mais altos, entenda-se. Ela responde que não, porque acredita que o cargo mais importante para «ajudar» e «conseguir fazer alguma coisa pelas pessoas» é a presidência de uma Junta de Freguesia. Não conheço a pessoa nem o seu trabalho. Mas pressinto neste entusiasmo mais do que uma convicção, porque ele diz o avesso da anedota do pequeno poder impante, aquela que brada ao vento: «eu é que sou o Presidente da Junta»" [crónica de Fernando Alves]
Publicada por L.G. em 15:27 Tags: Opinião, REN, Sintra
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
David contra Golias
Quanto mais não seja para nos dar uma lição de humildade e espirito de serviço , a vida por vezes assume as representações e metáforas mitológicas, a prová-lo está Fátima Campos, Presidente da Junta de Freguesia de Monte Abrãao.
Munida apenas de convicções de luta pelo bem estar das populações, enfrentou o gigante da distribuição eléctrica nacional, a poderosa REN.
Na origem desta batalha política e juridica, está a convicção dos efeitos nefastos da muito alta tensão na saúde das populações, neste caso particular devido à linha de transporte Fanhões-Trajouce.
Fica demonstrado mais uma vez, ao contrário de muitas opiniões, que política e cidadania são uma e a mesma coisa, variando apenas na instrumentalização dos conceitos que as suportam. É assim de homenagear a coragem desta autarca que elevou a cidadania ao seu mais nobre exercício, a política.
Fátima Campos deu em letra e substância a voz aos cidadãos na expressão dos seus receios e angústias, promovendo o seu bem estar. Torna-se também óbvio mais uma vez que a lei não é igual para todos, pois vá lá o comum dos cidadãos não acatar uma decisão do tribunal, tal como faz a REN, que no exercício da maior prepotência insiste nos “legalismos” e “recantos” legais para não acatar a ordem de desligamento da referida linha.
Numa altura em que o poder local se contorce e “geme”, queixando-se dos ataques e suspeições a que têem sido sujeitos os seus representantes, medite-se no exemplo desta mulher, qual David, de saias óbviamente, a enfrentar tão electrizante Golias, sem medo do impacto na sua carreira política.
José Manuel Carvalho
José Manuel Carvalho
Um resumo deste texto foi publicado na edição do Expresso do útimo sábado dia 3, na secção de cartas do leitor
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quarta-feira, 17 de outubro de 2007
DIA MUNDIAL CONTRA A POBREZA
"A campanha do Apelo Global para a Acção contra a Pobreza terá um lugar na história da mobilização da sociedade civil tal como a que acabou com a escravatura ou a mobilização internacional que acabou com o apartheid."
Nelson Mandela, Trafalgar Square, February 3, 2005
Fundos europeus sem verbas para lutar contra pobreza e exclusão social.
Além das exclusões tradicionais, existem hoje novos grupos de pobres. Risco de pobreza afecta 19% da população. Quadro Comunitário de Apoio sem verbas até 2013 para minimizar a pobreza.
Além das exclusões tradicionais, existem hoje novos grupos de pobres. Risco de pobreza afecta 19% da população. Quadro Comunitário de Apoio sem verbas até 2013 para minimizar a pobreza.
Pelo Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, que se celebra hoje, o INE divulgou que 19% da população está em risco de pobreza e que o País é um dos mais desiguais em termos de distribuição de rendimentos na União Europeia. Ou seja, a minoria mais rica usufrui da maioria dos rendimentos.
A situação é especialmente grave no grupo social dos idosos que vivem sozinhos e das famílias com três filhos ou mais. A esta situação associam-se causas recentes e conhecidas, como o desemprego e o endividamento das famílias.
A situação mantém-se «quase inalterada desde há 10 anos», diz o padre Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza/Portugal. A instituição lembra que 2010 será o Ano Europeu de Luta contra a Pobreza - decisão tomada em Portugal na Cimeira de Lisboa de 2000 - e que, até lá, os países da Europa se comprometeram a tomar medidas contra o fenómeno da pobreza e da exclusão social.
Da consulta de relatórios referentes à aplicação do próximo Quadro Comunitário de Apoio 2007-2013, a inclusão social e o apoio às ONG correm o risco de ser ignorados.
Na opinião das ONG, a sua inclusão na gestão é tanto mais importante quanto mais delas depende o acesso da população pobre às ajudas europeias e a transparência na gestão dos fundos comunitários.
Entretanto, espera-se que 45 mil portugueses participem na iniciativa mundial "Levanta-te" contra a pobreza. O evento, que decorre um pouco por todo o País, começou ontem à noite e termina pelas 21h de hoje.
Fontes: imprensa diária, TSF online, Destak
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Nova parábola dos talentos
Talento, competências, desempenho, etc....
A história que se segue, como podem verificar pelo "português" usado, vem dos nossos irmãos brasileiros e já atingiu o "web-anonimato" de tão repetida, sendo assim, mesmo que o desejasse, não poderia aqui citar a fonte, o que seria justo e honesto para os seus autores.
Seja como for, a historieta ilustra muito bem alguns paradigmas actuais no que toca ao "emprego" ou a falta dele, ou como enfrentar a adversidade com criatividade.
(não sei bem porquê, mas esta história lembra-me uma outra do Rockfeller e dos fósforos... ou como fazer fortuna começando a vender fósforos???).
"Um desempregado pede um emprego de desentupidor de banheiro na Microsoft.O director dos recursos humanos convoca-o para uma entrevista e uma prova prática (com um desentupidor ultra moderno). No fim das provas diz-lhe: você está contratado, dê-me o seu e-mail e mando-lhe o formulário para preencher, e a data e a hora que você terá que se apresentar para trabalhar.
O homem, desesperado, respondeu que não tem computador, e portanto não tem e-mail.O DRH disse-lhe então que lamentava muito, mas se não tinha e-mail, isso significava que virtualmente não existia e, como não existia, não podia conseguir o emprego.O homem saiu, desesperado, sem saber o que fazer, com apenas 12 dólares no bolso.
Decidiu então ir ao supermercado e comprar uma caixa de 10 kgs de morangos.Vendeu os morangos ao quilo, de porta em porta, e em menos de duas horas conseguiu duplicar o seu capital. Repetiu mais três vezes a operação e regressou a casa com 60 dólares.Deu-se então conta que poderia sobreviver desta maneira. Passou a sair de casa mais cedo e a regressar mais tarde e assim triplicou ou quadruplicou o seu dinheiro diariamente.
Pouco tempo depois, comprou um carrinho que depois trocou por um caminhão e mais tarde se viu dono de uma pequena frota de veículos de entrega de mercadorias.Cinco anos depois... O homem agora era proprietário de uma das maiores redes de distribuição alimentar dos Estados Unidos.
Pensou então no futuro da sua família, e decidiu fazer um seguro de vida. Chamou um corretor, escolheu um plano de seguro e quando terminou a conversa, o corretor lhe pediu o e-mail para lhe enviar a proposta.O homem disse-lhe então que não tinha e-mail.- Mas o senhor é uma raridade, disse o corretor. Não tem e-mail e conseguiu construir este império! Imagine só o que poderia ser se tivesse um e-mail.O homem reflectiu e respondeu:
seria desentupidor de banheiro na Microsoft
NOTA DO AUTOR
Sr. Presidente, Sr. primeiro ministro
Caros amigos, inimigos, leitores, não leitores, empregadores, head hunters, desempregadores, srs ministros, srs deputados, etc e público em geral.
Antes de mais o meu humilde pedido de desculpas por vos ter privado durante tanto tempo dos meus brilhantes posts (risos! ah! ah!), bem sei que tiveram o blog do dr. Pacheco Pereira e de todos os outros notáveis da blogoesfera, o que contrbuiu concerteza para amenizar o vossa tristeza. (risos outra vez!).
Caros amigos, inimigos, leitores, não leitores, empregadores, head hunters, desempregadores, srs ministros, srs deputados, etc e público em geral.
Antes de mais o meu humilde pedido de desculpas por vos ter privado durante tanto tempo dos meus brilhantes posts (risos! ah! ah!), bem sei que tiveram o blog do dr. Pacheco Pereira e de todos os outros notáveis da blogoesfera, o que contrbuiu concerteza para amenizar o vossa tristeza. (risos outra vez!).
A ausência, como é do conhecimento de alguns de vós, deveu-se sobretudo à inaudita situação de desemprego prolongado, que, segundo os psicólogos, a seguir ao luto, é talvez das situações mais difíceis de suportar para o ser humano.
Pois é, como a generalidade das pessoas, fraquejei, desanimei, e achei que o exercício da escrita cibernética, vulgo "postagem compulsiva", era um mero exercício transicional para ajudar a superar a crise. Sem efeito terapêutico à vista, desisti!
No entanto, apesar da falta de inspiração para escrever sobre aquilo que de facto anima as pessoas, como seja o sexo, a vida do famosos, os concursos televisivos e o novo PSD, lá meditei um pouco e achei que devia fazer um novo esforço, soprar o pó e continuar!
Continuar a escrever e principalmente continuar a procurar trabalho...
trabalho ou emprego?... emprego ou projecto? ... função ou tarefa?... segurança social ou partido político?... administração pública ou empresa privada?... ou apenas procurar uma organização onde os recursos humanos e os recrutadores profissionais não andem confusos com os talentos ou as competências ... performance da gestão ou gestão do desempenho ... gestão de carreira ou gestão do desenvolvimento ... network ou rede de contactos...
Um abraço a todos
José Manuel Carvalho
Agora vou incendiar uns papéis não me mande o sr. primeiro ministro a GNR para me revistar a casa.
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OS NOVOS POBRES
Em contraste com as alegres notícias ministriais...
Portugal tem uma «nova classe» de pobres
Portugal tem uma «nova classe» de pobres
Quatro milhões de portugueses estariam em risco de pobreza se não fossem os subsídios do Estado. Para a presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, Portugal tem uma nova classe de pobres - pessoas com emprego mas sem um salário para fazer face ás despesas do agregado familiar. Já o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza considera que falta coragem politica para resolver o problema.
( 10:19 / 16 de Outubro 07 )
Os idosos e as famílias mais numerosas constituem os principais grupos de risco de pobreza em Portugal, ao mesmo tempo que o fosso entre ricos e pobres continua a aumentar.
Isabel Jonet, presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, diz constatar que há cada vez mais pessoas a pedirem ajuda alimentar do que em anos anteriores.
Ouvida pela TSF, aquela responsável diz mesmo existir uma «nova classe» de «novos pobres» em Portugal, «pessoas que, embora auferindo de um salário, não têm no final do mês todos os rendimentos de que necessitam para fazer face às necessidades do seu agregado familiar».
Isabel Jonet salienta também o facto de muitos jovens trabalharem a recibos verdes, sem possibilidade de pagar a Segurança Social, «que se vêem a braços com situações dramáticas e que muitas vezes têm de pedir apoio a estruturas sociais para poderem sobreviver»
Perante este cenário, Isabel Jonet lança um apelo aos industriais e aos agricultores para que não desperdicem o que lhes sobra, até porque os bancos Alimentares estão receptivos a receber esses bens.
A nova realidade da pobreza em Portugal - pessoas com emprego e um salário que não chega para acudir a todas as necessidades da família - leva o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza a apontar o dedo ao poder político.
Para o padre Jardim Moreira tem faltado «coragem política» para resolver o problema da pobreza em Portugal. «Não basta pôr soluções de remendos.. que ajudam, é certo, mas não resolve. Por isso é preciso coragem política para poder resolver o problema», adiantou.
FONTE:
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Ministro de quê?
Este ministro é definitivamento o recordista das gafes! Veja-se mais um "hilariante" vídeo onde o mesmo é mais uma vez protagonista do disparate. No mínimo, este senhor devia receber uma reprimenda pública pela menoridade intelectual com que trata os portugueses. O sr ministro Pinho deve sofrer de um qualquer síndrome de atraso mental não sendo capaz de distinguir entre obscenidade moral e moral política e social, como pode o primeiro ministro dar cobertura e suporte a tão inapto e imbecil funcionário público.
Este senhor está a precisar de fazer uma travessia no deserto...Bom... pode aproveitar a deixa do seu colega Mário Lino e fazer-se à aventura pelo deserto da margem sul,ou talvez não, não vá chegar a Sines e pensar que chegou aos Emiratos Árabes.
Este senhor está a precisar de fazer uma travessia no deserto...Bom... pode aproveitar a deixa do seu colega Mário Lino e fazer-se à aventura pelo deserto da margem sul,ou talvez não, não vá chegar a Sines e pensar que chegou aos Emiratos Árabes.
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Lute contra a pobreza, sem medo, faça ouvir a sua voz!
Este blog, ainda que não partilhando na totalidade o modus operandum dos promotores de http://www.pobrezazero.org/, junta a sua voz no combate à pobreza.
domingo, 2 de setembro de 2007
ECO GUALTER, EM VERSÃO "GREEN PEACE" TV
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